terça-feira, 22 de setembro de 2009
Carteiros de Caraguá e São Sebastião entram em greve por reajuste salarial
Cerca de 60% dos carteiros que trabalham nos centros de distribuição de correspondências da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT), em São Sebastião e Caraguatatuba, entraram em greve na manhã de ontem.
O movimento, reflexo da paralisação nacional da categoria que ocorre desde a última sexta-feira, visa reajustar em 41% os salários dos trabalhadores, relativas as perdas desde 1994.
No final da tarde de ontem, o Tribunal Superior do Trabalho (TST), publicou em seu site na internet, decisão liminar em favor da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT). A liminar concedida é parcial: não atende o pedido da empresa pela decretação da ilegalidade da greve, mas determina que a categoria mantenha, no mínimo, 30% do efetivo de cada agência trabalhando, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. O TST também marcou para a próxima quinta-feira, dia 24, a primeira audiência de conciliação.
De acordo com Wilson Mariano, diretor do Sindicato dos Carteiros do Vale do Paraíba (Sintect-VP), que também abrange os funcionários dos Correios no Litoral Norte, além dos 41% de reajuste salarial, a categoria também reivindica um aumento linear de R$ 300 para todos os funcionários. “Não dá para trabalhar com o salário que se recebe hoje em dia. As condições estão terríveis”, avisa.
O salário base da categoria é R$ 648, mas a maioria dos funcionários recebe até R$ 1 mil.
Segundo ele, o que deflagrou a greve foi a demora por parte da EBCT em analisar as proposta dos trabalhadores. “Esta briga ocorre desde o dia 31 de julho. Desde lá, não aconteceu nada”, conta. “Inicialmente, eles queriam aumentar o salário em apenas 4,5%”, acrescenta.
Já de acordo com Célio Roberto do Amparo, também diretor do Sintect-VP, a empresa também propôs discutir aumentos de salários em um período de dois anos. Atualmente, essas discussões são anuais. “Nesse caso, o dissídio seria bianual, com reajuste de 9%”, especifica.
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