Termina greve dos médicos no hospital
Movimento durou sete dias e foi motivado pelo não pagamento de salários em julho
Raquel Salgado
São Sebastião
Em assembleia realizada na noite de segunda-feira, na Videoteca Municipal, cerca de 40 médicos que trabalham no Hospital de Clínicas de São Sebastião (HCSS), decidiram suspender a greve que já completava sete dias.
O movimento dos médicos foi motivado pelo não pagamento dos salários de julho, ainda não efetivado até agora.
Os recursos para este pagamento tinham sido repassados pela prefeitura à Pró-Saúde, antiga administradora do hospital que, em seu último mês de contrato, não efetuou o pagamento alegando que o município ainda tinha dívidas com ela.
A discussão com a empresa foi parar na Justiça. Já com os médicos, a prefeitura conseguiu crédito antecipando os salários de agosto, que começaram a ser pagos ontem pelo Instituto Sollus, novo administrador dos serviços de saúde no município.
Durante a greve, o hospital deixou de realizar cirurgias e demais procedimentos eletivos, aqueles que são agendados, que não são emergência.
Respeito
A razão dos médicos suspenderem a paralisação, teria sido em respeito ao secretário e à confiança que ele inspira.“A assembleia decidiu suspender a greve em função do apoio que recebemos do Dr. Aldo.
Em respeito e confiança na postura ética que o secretário demonstrou em relação aos colegas e na sua preocupação com o bom atendimento à população. Ele merece o nosso mais profundo respeito e apoio”, disse ontem Lucile Bishop, a médica neurologista, eleita pelos colegas para a Diretoria Clínica do hospital.
Ressaltando as dificuldades inerentes ao cargo de Secretário de Saúde – “qualquer pessoa nesta posição se vê frente a grandes dificuldades, especialmente numa situação de epidemia como a que vivemos”; Lucile Bishop diz que são dificuldades muitas vezes não entendidas pela população, “que almeja todos os serviços, até o postinho do bairro, no nível de um Albert Eistein ou de um Sírio Libanês” (hospitais paulistanos de primeira linha).
“A saúde pública, aqui nos municípios, entretanto, depende de recursos dos governos estaduais e federal para atingir a excelência, mas ele, o Dr. Aldo, não desiste e busca isto de forma serena”, diz ela.
Segundo a médica, enquanto prossegue com sua Procuradoria Jurídica empenhada em buscar os meios legais para resolver o problema dos salários de julho, a prefeitura decidiu antecipar aos médicos os salários de agosto, graças aos esforços do secretário junto ao prefeito Ernane. “Isto não resolve, mas ameniza a situação dos colegas, que também são seres humanos, com seus compromissos, suas contas a pagar, família e filhos em escolas”, afirma Lucile.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
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