Leonardo Rodrigues
A greve dos médicos do Hospital de Clinicas de São Sebastião (HCSS), iniciada nessa quarta-feira, em protesto ao não recebimento dos honorários médicos referentes ao mês de julho, se estenderá até a próxima semana. Segundo os grevistas, a paralisação continuará , pois os pagamentos ainda não foram realizados.
O secretário da Saúde, Aldo Conellian revela que para amenizar a situação efetuará o pagamento deste mês antecipadamente aos médicos em paralisação, a partir de segunda-feira, o que para os médicos significa mais dias de braços cruzados.
De acordo com a neurologista e diretora técnica e clínica, Lucile Bishop, o secretário diz que assinou nessa sexta-feira, os papéis para liberação do pagamento adiantado ao Instituo Sollus, para viabilizar o adiantamento aos médicos. “Até segunda-feira, tudo permanece como está”, afirma a diretora.
Lucile explica que mediante ao pagamento nesta segunda-feira, se convocará os profissionais envolvidos para discutir o rumo da paralisação. A médica considera como “medida paliativa”, tal adiantamento, mas reconhece a atitude da prefeitura de “tirar do sufoco esses profissionais que estão sem receber”.
Notificação- Na tarde de quinta-feira, a Organização Social Pró-Saúde, foi notificada pela prefeitura a pagar os vencimentos dos médicos. Porém, segundo a assessoria de comunicação municipal, não houve retorno da empresa da capital. Diante disso, a questão voltou para o departamento jurídico da prefeitura, afirmando que tomará outra providência judicial, que está em discussão no setor, e será encaminhada no início da próxima semana.
Conellian afirma que “o possível está sendo feito”.
E por isso, o secretário espera de seus colegas de profissão, compreensão. “Espero que os médicos possam fazer uma reflexão sobre o momento. A greve é contra a Pró-Saúde e não contra a prefeitura”, desabafa. Todavia, Aldo Conellian sabe que mesmo concretizado o adiantamento desta segunda-feira, o problema não está resolvido. “Isto não resolverá os salários atrasado, já pagos pela prefeitura à Pró-Saúde, mas ameniza”.
A nova administradora do hospital resume seu posicionamento em relação à paralisação, em apoio à prefeitura. O Instituto Sollus informa que apoia a prefeitura no para encontrar solução legal para a questão. No entanto, faz a observação que não cabe à instituição intervir diretamente no encaminhamento do assunto, uma vez que não faz parte do processo.
A nova administradora ressalta que assumiu a co-gestão do HCSS, envolvendo a administração pública, o corpo clínico e o terceiro setor, no início deste mês, e desde então, afirma estar discutindo juntamente com o corpo clínico, formado por 114 profissionais, os contratos de prestação de serviço dos médicos.
Até esta administração, os profissionais médicos não contavam com a garantia legal desse instrumento. Segundo o instituto, a elaboração dos contratos está em fase final.
De novo - A antiga administradora do Hospital de Clínicas, a Organização Social Pró-Saúde, através do diretor comercial José Carlos Camacho mais uma vez atendeu nossa reportagem e novamente disse que retornaria para dar explicações sobre o caso, além de nos enviar por e-mail a posição da empresa.
No final da tarde dessa sexta-feira, como de costume, ligamos novamente por diversas vezes ao diretor, porém fomos informados que ele havia saído e não retornaria mais à empresa, e não havia ninguém mais para tratar o assunto ou enviar qualquer tipo de comunicado.
FONTE:IMPRENSA LIVRE
sábado, 29 de agosto de 2009
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