segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O INTEGRAÇÃO COMUNIDADE CANTOU A BOLA

O PROGRAMA INTEGRAÇÃO COMUNIDADE DA RADIO INTEGRAÇÃO FM VEM DESTACANDO ESSE ASSUNTO DESDE A SEMANA PASSADA, ATRAVÉS DOS OUVINTES QUE PARTICIPARAM MOSTRANDO A SUA INDIGNAÇÃO COM A INVASÃO DE MENDIGOS NA NOSSA CIDADE.
CONVERSANDO COM A REPÓRTER MARA CIRINO, DO IMPRENSA LIVRE, SOLICITEI QUE ELA VISESSE UMA MATÉRIA ABORDANDO ESSE ASSUNTO, CONFIRA A MATÉRIA, NA ÍNTEGRA:



SECRETARIA DENUNCIA DESPEJO E CRESCIMENTO NO NÚMERO DE MENDIGOS NA CIDADE.

Secretaria de Assistência Social está preocupada com questão e Câmara cobra providências e Casa Transitória


Mara Cirino

Nos últimos meses a presença de mendigos nas ruas de Caraguatatuba tem sido uma constante. Além dos moradores de ruas habituais, há denúncias de que outros municípios estariam mandando seus mendigos para a cidade. A secretaria de Assistência Social, Zenaide de Souza Bicudo Vernizzi, confirmou essa prática e a preocupação do município com a atual situação.

“É uma questão delicada e quando percebemos a presença de vans e peruas nessas condições pedimos a ajuda da Polícia Militar. Mas, infelizmente, muitos são deixados na serra e chegam ao município a pé”.
Conforme a secretária, as assistentes sociais estão nas ruas e perceberam muitos mendigos que não são da cidade. “Eles são ouvidos e quando concordam, recebem passagem para retornar para suas cidades de origem, após contato com familiares e assistentes sociais dos referidos municípios, mas não são todos que aceitam”.

Dados da secretaria apontam que de abril até o momento foram compradas 89 passagem, mas o número é inferior à quantidade de andarilhos que chegam em Caraguá, sendo 40 somente na primeira quinzena de agosto. São Paulo foi a cidade com maior número de retorno, sendo 27. Também foram reencaminhados moradores para São José dos Campos (23), São Sebastião (14), Taubaté (10), Ubatuba (9) e Santos (6).

As reclamações são constantes: ameaças, constrangimentos, uso de drogas e bebidas na frente de residências, praças sujas, são alguns dos exemplos explanados na última sessão de Câmara. “A situação está crítica, muita gente vindo de fora, falando palavrão nas ruas, fora que uma boa parte é agressiva”, disse o vereador Celso Pereira (DEM). “A prefeitura precisa tomar providência urgente”, emendou o parlamentar Agostinho Lobo de Oliveira (PSDB).

Já a vereadora Silmara Mattiazzo (DEM) lembrou que no ano passado o município foi até premiado em função do programa que tinha com a Casa Transitória Santa Mônica que acolhia e desenvolvia programas sociais e de recuperação com esses moradores. “Hoje, só recebemos reclamações da comunidade sobre a atual situação”.

Com base nessas reclamações, a parlamentar Vilma Teixeira de Oliveira (PSDB) conseguiu a aprovação do requerimento 529 solicitando informações da Administração pública sobre a instalação de uma sede para o recolhimento de mendigos e moradores de rua.

Em casa negativo, ela questiona quais as providências que a prefeitura vai tomar com relação a esse problema social crescente na cidade. “Somos cobrados pela própria população de residência fixa pelo descaso que é dado ao problema”.

Já o vereador José Mendes de Souza Neto, líder do PSDB na Câmara, adiantou que esteve junto com a secretária Zenaide visitando imóveis para a implantação de uma nova casa transitória. “A prefeitura sabe que o problema é crítico e que outros municípios estão mandando seus moradores para Caraguá”, denunciou.

Conforme a secretária de Assistência Social, dois imóveis foram identificados, no Porto Novo e Barranco Alto, e agora a Secretaria de Assuntos Jurídicos faz análise final para ver se estão adequados para serem adquiridos pela Administração.

“Nossa proposta com essa casa é fazer um mutirão, recolhendo os moradores, para levá-los a um local onde possam tomar banho, se alimentar e participar de programas sociais e de recuperação, se houver necessidade”, antecipou.

Morador de rua se aquece com álcool


Ante a discussão sobre o número de mendigos e moradores de rua em Caraguá, um fato chamou a atenção na última terça-feira. Ao final da sessão de Câmara, na porta da sede do Legislativo caraguatatubense encontrava-se Mauro Sergio de Souza. Com a chuva fria que caia na noite, ele se escondia debaixo de marquise e se aquecia com a pinga que tinha dentro de uma garrafinha plástica que anteriormente continha água.

“Hoje eu vim aqui, mas durmo em um restaurante que tem logo ali na frente”, justificou o morador que disse ter sido radialista e há mais de cinco anos está nas ruas. “Perdi meus pais e também a minha casa, ali no Estrela D´Alva”, relatou conforme conseguia se comunicar a após dar uns goles.
Seu sustento se dá das doações de alimentos que recebe, de esmola ou de moeda em moeda que usa para cobrar álcool.

Para a secretária da Assistência Social, Zenaide Vernizzi, o ideal é não dar nenhum tipo de dinheiro para os moradores de rua, justamente para evitar a compra de álcool ou entorpecentes. A mesma orientação ela repassa para crianças e adolescentes que ficam nas ruas. (M.C).

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