quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Projeto de transporte alternativo em Ilhabela gera polêmica na cidade

A possibilidade de Ilhabela ter um transporte alternativo está dando o que falar na cidade. Enquanto vereadores e população defendem o projeto de lei, o Sindicato da categoria teme demissões.
A população não parece satisfeita com o transporte público em Ilhabela.
"Você depender de um ônibus para ir ao hospital, você tem que descer na Barra Velha e ir andando uma boa distância até chegar no hospital. E o hospital é um lugar que deveria passar o ônibus", diz Ivonete Nascimento.
"Você vai, paga R$2,20. Daí da balsa até o sul, mais R$2,20. E para a volta a mesma coisa", diz outra moradora.
Para resolver o problema de quem mora nos extremos da ilha ou em regiões muito altas, onde os ônibus não chegam, os vereadores aprovaram um projeto de transporte alternativo. Por ele, 15 vans devem transportar passageiros sob o regime de permissão.
"Seriam casos específicos: Morro dos Mineiros, Jabaquara, no Sul da Ilha, no Borrifos, no Cipituba, simplesmente no lugar onde não é atendido pela Autoviação Ilhabela", diz o vereador Marcio Garcia de Souza.
Mas o Sindicato dos funcionários do transporte público teme demissões. "Se concretizar essa lei, se começar a ter vans, elas não vão fazer isso, elas vão concorrer com as empresas de ônibus aqui dentro", diz o presidente do sindicato, Francisco Ismael.
"A partir do momento que se faz uma lei, tem que ter fiscalização. E a lei é bem clara: são para aqueles pontos críticos onde as vans vão fizar ali fazendo este trajeto", diz o autor do projeto, Roberto Timbada.
Mesmo com a aprovação do legislativo, a prefeitura afirma que vai vetar o projeto. "Se for contrário à legalidade, a gente vai vetar o transporte alternativo. Eu acho que a gente pode melhorar hoje este processo que está aí, esse transporte que está aí, né? E é por isso, que a gente está pretendendo abrir agora, no final do ano e começo do ano que vem, novo processo licitatório. A atual empresa pode participar como outras que se interessarem", afirma o prefeito Toninho Colucci.
O prefeito de Ilhabela tem até o próximo dia 28 de novembro para devolver o projeto para a Câmara. Mesmo se a iniciativa for vetada pelo prefeito, os vereadores podem derrubar o veto e o presidente da Câmara promulgar e publicar a lei. Se isso acontecer a prefeitura pode entrar na Tribunal de Justiça, pois a lei orgânica do município diz que todo projeto de serviço público deve partir do executivo.

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